Na tarde de hoje, o centro de Patrocínio foi palco de uma importante mobilização social em defesa das crianças e adolescentes. Sob o tema da campanha "Faça Bonito", a caminhada contou com a participação de diversas entidades e instituições da cidade, incluindo o Colégio Olímpio, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Patrocínio, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), a Rede Cidadã, a Câmara Municipal, entre outros.

História e Objetivos da Campanha "Faça Bonito"

A campanha "Faça Bonito" é uma iniciativa nacional que visa conscientizar a sociedade sobre o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Criada em 2000, a campanha surgiu como uma resposta à crescente necessidade de proteger os direitos dos menores e de prevenir casos de violência sexual. O símbolo da campanha, uma flor amarela, representa a delicadeza da infância e a necessidade de cuidar e proteger as crianças.

Os principais objetivos da campanha incluem:

1. Conscientização: Informar e sensibilizar a população sobre os sinais e as consequências do abuso e da exploração sexual infantil.

2. Prevenção: Promover ações que visem prevenir situações de risco e criar um ambiente seguro para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.

3. Denúncia: Incentivar a denúncia de casos de abuso e exploração sexual através de canais apropriados, como o Disque 100 e os Conselhos Tutelares.

4. Educação: Desenvolver e implementar programas educativos em escolas e comunidades para empoderar crianças e adolescentes, ajudando-os a reconhecer e reagir a situações de perigo.

A Caminhada em Patrocínio

O evento de hoje teve início na Avenida Rui Barbosa e seguiu até a Prefeitura Municipal, reunindo participantes que vestiam camisetas da campanha e portavam faixas e cartazes com mensagens de apoio à causa. A caminhada foi marcada por momentos de reflexão e discursos emocionantes que ressaltaram a importância de proteger os direitos das crianças e adolescentes.

Representantes das entidades participantes, destacaram em suas falas a necessidade de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e famílias para combater esse grave problema. 

A mobilização "Faça Bonito" em Patrocínio reforça a importância de se manter vigilante e ativo na luta contra o abuso e a exploração sexual infantil. 

Por Que o Dia 18 de Maio é Importante na Campanha "Faça Bonito"?

O dia 18 de maio é uma data de extrema importância na campanha "Faça Bonito" e na luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Essa data foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em memória de um caso trágico que marcou o país e gerou uma grande mobilização social.

O Caso Araceli

A escolha do dia 18 de maio remonta ao ano de 1973, quando uma menina de apenas oito anos chamada Araceli Crespo foi brutalmente assassinada em Vitória, no Espírito Santo. Araceli desapareceu no dia 18 de maio e seu corpo foi encontrado seis dias depois, com claros sinais de violência sexual e tortura. O crime, chocante pela sua brutalidade, permanece impune até hoje, mas gerou uma profunda indignação e sensibilização na sociedade brasileira.

Como Denunciar Abuso e Exploração Sexual Infantil?

Disque 100

- Telefone: Ligue 100 (gratuito e 24/7)
- Aplicativo: "Direitos Humanos Brasil" para Android e iOS
- Site: Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos

Conselho Tutelar

- Presencialmente: No Conselho Tutelar local
- Telefone: Número do Conselho Tutelar do município

Delegacia Especializada

- Presencialmente: Na delegacia especializada mais próxima
- Telefone: Delegacia especializada ou comum

Ministério Público

- Presencialmente: No Ministério Público estadual ou municipal
- Telefone: Promotoria da Infância e Juventude local
- Site: Ministério Público do estado

CRAS e CREAS

- Presencialmente: Nas unidades locais de CRAS ou CREAS
- Telefone: Unidade de atendimento local

Denunciar é crucial para proteger crianças e adolescentes e responsabilizar agressores. As denúncias são sigilosas e a identidade do denunciante é preservada.

Texto: Pablo H / Gazeta