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Fatos e Fotos
16/06/2021 - 15h18
Como cuidar bem de sua tireoide?
Apesar de ser importante, nem sempre as dúvidas da população em torno da mesma são esclarecidas
Foto: Reprodução.

Por Stéfany Christina/ Gazeta de Patrocínio


Você já deve estar cansado de ouvir por todos os lados o quão importante é manter uma boa e equilibrada alimentação. Mas por mais chato que isso possa ser você não deve deixar o que você come de lado e deve estar sempre de olho na quantidade e o que você anda consumindo.

A alimentação tem a capacidade de alterar diversas coisas no corpo, tanto para o seu bem quanto para o mal. E estamos aqui com mais um motivo de se manter atento ao que come, a sua tireoide. Você sabe como anda a saúde de sua tireoide?

Provavelmente muitos nem saibam o que é a tireoide e muito menos como anda a saúde da mesma, visto que essa glândula, apesar de ser importante para o corpo humano, nem sempre tem-se um debate disposto a esclarecer dúvidas da população em torno da mesma. Por isso, como uma forma de comemorar o Dia Internacional da Tireoide (25 de maio) a redação do Jornal Gazeta conversou com a endocrinologista Dra. Sabrina Ferreira Silva (CRM: 61537) que contou um pouco sobre essa glândula endócrina.


"Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Portanto, é fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para que possa garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo" Dra. Sabrina Ferreira Silva


Antes de tudo, é importante saber que a tireoide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, o “gogó”. Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

“Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. E interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor, e no controle emocional. Portanto, é fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para que possa garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo”, comenta a Dra. Sabrina Ferreira Silva.

Por isso, alterações no ritmo cardíaco, insônia, sensação de cansaço, perda ou ganho de peso, dificuldade de raciocínio e concentração, ressecamento ou queda de cabelo, prisão de ventre ou diarreia podem ser alguns dos sintomas de que algo não vai bem com a sua tireoide. E é importante informar que problemas na glândula podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Os dois principais distúrbios que podem ser apresentados por conta de alguma alteração na tireoide são o Hipotireoidismo e o Hipertireoidismo.

“Se a produção de hormônio é insuficiente isto provoca o hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue, e até depressão. Já se há produção de hormônio está em excesso acontece o contrário, o hipertireoidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada”, explica a endocrinologista.

A Dra. Sabrina Ferreira ainda acrescenta que “tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que se chama bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico”. E este é um dos motivos em que não é tão complicado identificar uma alteração na glândula.

“E o tratamento pode salvar a vida da pessoa. Ambos os distúrbios podem ser diagnosticados através de exames de sangue. Algumas crianças nascem com hipotireoidismo e, nesse caso, o teste do Pezinho faz o diagnóstico. Os nódulos de Tireoide são outro problema que pode não apresentar sintomas. E o reconhecimento dos nódulos pode ser feito através da palpação. Alguns nódulos pequenos não são palpáveis, e podem ser vistos pelo exame de ultrassom de tireoide, na sua maioria são benignos”, pontua.

Os principais fatores das alterações na glândula estão relacionados a fatores genéticos, a doenças autoimunes, à deficiência ou excesso de iodo no organismo, ao uso de determinados medicamentos e a infecções virais.

“A causa mais comum do hipertireoidismo é uma doença autoimune (o próprio corpo produz proteínas que 'atacam' o órgão) chamada Doença de Graves. Outra doença da tireoide chamada Bócio multinodular também pode produzir hormônios em excesso. Agora como causa do hipotireoidismo, temos a Tireoidite de Hashimoto (também de causa autoimune), onde é necessário fazer retirada cirúrgica da tireoide ou tratamento com iodo radioativo”, conta a endocrinologista.

Assim como a forma de detecção é fácil, o tratamento também é. “O tratamento do hipotireoidismo é realizado com a reposição do hormônio da tireoide. Para reproduzir o funcionamento ideal da tireoide, é preciso tomar o remédio todos os dias e a dose vai depender do grau de desequilíbrio na glândula. Já o hipertireoidismo é tratado com medicamentos de uso oral que bloqueiam a liberação excessiva de hormônios pela tireoide. Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à cirurgia para retirar a tireoide ou realizar uma terapia com iodo radioativo, que destrói parte da glândula. O especialista poderá definir a melhor estratégia”, afirma a Dra. Sabrina Ferreira Silva.



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