Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade, recomendar conteúdo de seu interesse e otimizar o conteúdo do site. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Confira nossas Políticas de Privacidade e Termos de Uso, clique aqui.

O jornal que todo mundo lê
Publicidade
Geral
26/02/2021 - 15h46
Consórcio Cerrado das Águas faz parcerias para resultados ambientais de longo prazo
Plataforma realiza trabalho com cafeicultores do Cerrado Mineiro para combate às mudanças climáticas
Consórcio Cerrado das Águas
Produtores e equipe do CCA em fase de formulação do PIP - Plano Individual de Propriedade. Foto: Arquivo CCA.

Por Polliana Dias/ STUDIODVÖS


Uma iniciativa pioneira em Patrocínio tem unido cafeicultores, setores público e privado para pensarem e executarem ações que visam à preservação e conservação dos recursos naturais com o propósito de combater as mudanças climáticas. Este é o Consórcio Cerrado das Águas (CCA), uma plataforma colaborativa que une vários setores: empresas, governo e sociedade civil, para alcançar este objetivo.

Desde o início de suas atividades possui uma dinâmica própria de atuação, cujo foco é oferecer estratégias para combate às mudanças climáticas e trabalho em parceria com os cafeicultores da bacia do Córrego Feio, principal fonte de abastecimento hídrico do município.


Dinâmica agregadora e inclusiva

O grande diferencial do CCA é sua capacidade de estabelecer uma parceria que vai além de agregadora dos setores mencionados, mas também de ser totalmente inclusiva, entendendo as necessidades dos produtores rurais e auxiliando-os a pensar e executar ações de acordo com suas possibilidades.

Com o PIPC - Programa de Investimento no Produtor Consciente, o CCA encontrou o caminho para oferecer serviços especializados para o desenvolvimento ambiental das propriedades da bacia do Córrego Feio em três frentes: restauração, práticas agrícolas climaticamente inteligentes e gestão eficiente dos recursos hídricos.

Assim, aderindo a este Programa, o produtor recebe o PIP - Plano Individual de Propriedade, elaborado pela equipe técnica e especialista do CCA para cada produtor implementar as estratégias específicas de sua fazenda alinhadas ao grande objetivo da plataforma que é resiliência climática da produção. 


Os caminhos para o alcance dos objetivos

Hoje o PIPC conta com 55% dos produtores da bacia do córrego Feio participando da iniciativa, contudo, para se chegar a este número, o CCA realizou ações e atividades de engajamento com regularidade, como explica Lina Inglez, especialista em conservação da Mata Atlântica e do Cerrado, responsável pela condução do PIPC junto aos produtores.

“O engajamento dos produtores com a iniciativa é resultado de uma fase longa de vários contatos para apresentar a iniciativa e a metodologia de trabalho, bem como reuniões, divulgação em mídias locais e sociais. Em 2019, tivemos a oportunidade de realizar um evento em uma da bacia do Córrego Feio, neste encontro todos os proprietários participaram e foi apresentado, formalmente, o programa de investimento no produtor consciente, as etapas para a inscrição e realização do trabalho", relembra Lina.

Depois do lançamento, o CCA obedece a uma dinâmica de manter o seu relacionamento com o produtor de forma próxima e envolvendo-o em todo o processo e isso inclui os esclarecimentos gerais ao diagnóstico e apresentação das estratégias sugeridas.

Após esta movimentação, são realizadas oficinas de trabalho, é nesse momento que ocorre a negociação da contrapartida que será feita pelo produtor e também do investimento que será feito pelo CCA, uma vez que, por se tratar de uma plataforma colaborativa, todos os envolvidos investem recursos financeiros, humanos ou materiais e dessa forma acontece o envolvimento em ações para o alcance dos resultados propostos. Por isso, a dinâmica de proximidade e confiança entre o produtor e a equipe do CCA é fator decisivo para o sucesso da iniciativa.

“A versão final do PIP tem total anuência do produtor, os pedidos de alteração são acolhidos pela equipe técnica. O CCA não impõe nenhuma técnica ou local de intervenção que o produtor não esteja de acordo. Há muitos produtores já bastante maduros em relação à necessidade de se ter esforço conjunto para combater os efeitos das mudanças climáticas e que, mesmo não tendo passivo ambiental, querem participar para melhorar suas APPs e reservas. Neste caso sugerimos enriquecimentos a fim de aumentar a biodiversidade dos ecossistemas naturais. Há outros produtores que querem começar com pequenas intervenções”, esclarece a especialista.


Próximos passos

Devido à resposta positiva da iniciativa e diante do envolvimento e participação ativa dos produtores e cadeia produtiva envolvida, o CCA planeja avançar sua área de atuação para Serra do Salitre e Coromandel, por meio de uma parceria com o Sebrae para realização do ZAP (Zoneamento Ambiental Produtivo) cujos resultados indicarão as áreas adequadas para serem realizadas intervenção e que responderão mais rapidamente ao processo de oferecer mais segurança climática aos produtores locais.



Confira Também


Publicidade

no Facebook