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Geral
12/04/2024 - 10h13
Fóssil de mais de 540 milhões de anos é encontrado em Minas Gerais

Um fóssil inédito, datado de mais de 540 milhões de anos, foi encontrado em Januária, no norte de Minas Gerais, por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB). O fóssil, identificado como sendo de uma cianobactéria chamada Ghoshia januarensis, foi descrito pela primeira vez em uma tese de doutorado do pesquisador Matheus Denezine. A descoberta também indica que pode existir petróleo na região.

Descoberta corrobora com a Teoria da Evolução de Darwin

Apesar de seu tamanho microscópico — apenas 10 micrômetros, o equivalente a 10 milionésimos de metro — a importância desse achado é gigantesca. Além de corroborar com a Teoria da Evolução de Darwin, que postula a origem da vida na Terra no período pré-cambriano, o fóssil revela detalhes intrigantes sobre o antigo ambiente marinho de Minas Gerais, indicando que a região já foi coberta pelo mar em eras remotas.

Fóssil de 540 milhões de anos é descoberto em Minas Gerais. Foto: Matheus Denezine/Divulgação

O estudo liderado pela UNB não apenas enriquece nosso conhecimento sobre a história da vida no planeta, mas também levanta questões sobre os recursos naturais da região. A descoberta sugere a possibilidade da existência de reservas de petróleo na Bacia Sedimentar do São Francisco, devido às características das rochas locais e à concentração de matéria orgânica.

No entanto, é importante ressaltar que a identificação de um potencial sistema petrolífero requer estudos adicionais. Matheus Denezine explica que a análise das rochas indica que a matéria orgânica nelas contida atingiu temperaturas adequadas para a geração de óleo ou gás, mas é necessário investigar se houve de fato a geração desses hidrocarbonetos e como eles podem ter se deslocado ao longo do tempo.

Esse próximo passo exigirá uma colaboração multidisciplinar entre profissionais de diversas áreas da geologia, visando entender a complexidade do sistema petrolífero potencialmente presente na região de Minas Gerais. Vale ressaltar que a pesquisa recebeu apoio de instituições como CNPQ, Capes, CPRM, Petrobras e Agência Nacional de Petróleo (ANP), bem como colaborações internacionais com instituições como Unicamp, Virginia Tech (EUA), Academia Russa de Ciências e Universidade de Nanjing (China).



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