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Geral
10/09/2025 - 14h45
INTERCESSÃO — quando a alma dobra os joelhos
Confira a coluna escrita por Emerson Miranda

Foi entre uma canção e outra, no olhar cheio de fé da mulher ao meu lado, no som contido dos instrumentos que se preparava para o próximo louvor, que eu compreendi: intercessão é mais do que pedir. É se oferecer.

Na noite do dia 09 de setembro, vivemos um prelúdio. Uma prece encarnada. Um movimento coletivo em direção à Deus. E embora o evento se chamasse Interseção, o que aconteceu ali foi, na verdade, um derramar de intercessão — daquelas que transbordam e escorrem pelo rosto em forma de lágrimas.

Sim, estivemos ali para preparar os corações para o grande CELEBRAR. Mas antes de tudo, fomos chamados a nos dobrar — não apenas os joelhos, mas o orgulho, as urgências, o barulho interior. E nesse gesto, tão antigo quanto a própria humanidade, reencontramos algo que o mundo moderno tem dificuldade de acessar: a comunhão.


Interceder: o verbo mais bonito da alma

Talvez seja isso. Interceder é o verbo mais bonito da alma.

Porque quem intercede não fala por si, fala pelo outro.

Não clama para ser ouvido, mas para que o outro não seja esquecido.

É a prece mais generosa que existe: aquela que empresta a própria fé para alguém que, por cansaço ou dor, não consegue mais rezar.

E isso muda tudo.

Muda a lógica do mundo que nos ensina a lutar por nossos desejos, correr atrás de nossos sonhos, garantir nossos direitos.

A intercessão inverte esse fluxo.

Ela me faz parar no meio do meu caminho para ajudar alguém a continuar no dele.

É como se a alma se ajoelhasse dentro de nós, e em silêncio, dissesse: “Deus, eu estou aqui — não por mim — mas por ele. Por ela. Por aqueles que não estão.”

Por isso, intercessão não é uma prática.

É uma forma de existir.


Interceder é amar à distância — e ao alcance da eternidade

Na noite do dia 09, no Rotary Club Brumado dos Pavões, eu vi intercessão acontecer com olhos, com gestos, com músicas.

Um abraço apertado entre duas senhoras que não se conheciam.

Uma criança segurando a mão do avô durante a oração.

O som de vozes unidas sem ensaio prévio.

Gente que orava sem saber o nome de quem seria alcançado.

É bonito demais quando entendemos que orar por alguém é amar à distância.

E que toda vez que intercedemos, colocamos uma mão no ombro do outro, ainda que ele esteja longe — às vezes, até mesmo do outro lado da vida.

Porque sim, há intercessões que são feitas por saudade. Outras, por gratidão. Algumas, por pura esperança.

E ali, naquela noite, todas essas formas de amor se entrelaçaram.


A intercessão que nos humaniza

Vivemos num tempo em que as palavras estão cansadas.

"Empatia", "comunidade", "solidariedade"... todas desbotadas pelo uso superficial.

Mas a intercessão é diferente.

Ela não se anuncia. Ela se age.

E talvez seja por isso que ela nos humaniza.

Porque quando intercedo por alguém, eu me reconheço frágil também.

Lembro que amanhã, posso ser eu quem vai precisar da oração do outro.

Interceder é o antídoto para a arrogância.

É admitir: “eu também sou parte da dor do mundo, e também posso ser parte do seu alívio.”


Quando a cidade dobra os joelhos

E se toda uma cidade decidisse interceder junto?

Foi isso que sentimos ali. Não era um show. Nem um culto isolado. Era uma cidade dobrando os joelhos — simbolicamente, espiritualmente — preparando o espírito para os dias que virão.

E, de certa forma, interceder por um evento também é interceder por tudo aquilo que ele pode provocar nas pessoas.

É dizer: “Senhor, que os dias 12, 13 e 14 sejam dias em que o céu toque a terra.”

É pedir que cada canção seja bálsamo.

Cada palavra, direção.

Cada gesto, cura.

E é por isso que eu escrevo essa crônica não como quem apenas participou.

Mas como quem foi visitado por uma presença.

Como quem se deixou atravessar.


O convite que nasce de um clamor

Se você chegou até aqui, leitor, é porque algo dentro de você também precisa de intercessão.

Todos precisamos.

Não se sinta fraco por isso.

Sinta-se humano.

E é por isso que quero te fazer um convite que não é meu, mas do céu:


Venha para o CELEBRAR 2025.

Dias 12, 13 e 14 de setembro, na Arena Cerrado.

Prepare seu coração. Traga sua família.

Venha como está — com sua fé inteira ou em pedaços.

Venha se encontrar com a beleza da comunhão.


Haverá shows com Isadora Pompeo, Rosa de Saron, Paulo César Baruk.

Haverá palavras de líderes que amam a Palavra.

Haverá Missa. Louvor. Espaço para crianças. Comida. Livros.

Mas, acima de tudo, haverá algo que não se compra: a presença.


E se você não puder vir, que tal interceder por quem virá?

Porque o evento começa no palco, mas continua nos joelhos.

Nos joelhos da alma.


Interceder é isso.

É ser ponte.

É ser oração viva.

É ser presença, mesmo ausente.

É dobrar o coração diante do divino — e por isso mesmo, diante do outro.


Nos vemos lá. Ou nos encontramos na prece.

Que seja pela fé. Que seja pela vida. Que seja por amor.


CELEBRAR 2025 está chegando. Que Deus nos encontre — ajoelhados de coração.




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