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Fatos e Fotos
13/05/2021 - 10h01
O perigo no silêncio da hipertensão arterial
Dr. Ivan de Carvalho Carneiro tirou algumas dúvidas sobre a doença
Foto: Freepik.


Todo mundo conhece ao menos uma pessoa que possui hipertensão arterial. Comumente conhecida como “pressão alta”, a doença atinge atualmente cerca de um bilhão de pessoas no mundo segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), e aproximadamente 36 milhões de brasileiros conforme a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Dos brasileiros, mais de 60% da população acima de 60 anos possui a doença, ainda como a Socesp informou a pressão alta é a responsável pela metade das mortes por doenças cardiovasculares no país.

Conforme o diretor técnico do CardioCor, o Dr. Ivan de Carvalho Carneiro (CRM-MG 41353), a hipertensão está relacionada com a força que o sangue faz contra a parede das artérias para conseguir circular por todo o corpo.

O coração trabalha por um lado bombeando o sangue para frente quando se contrai (sístole), se esvaziando e enchendo as artérias, e no outro lado, o sangue volta pelas veias enchendo o coração relaxado (diástole). E é esse movimento de vai e vem que exerce uma pressão na contração.

A hipertensão arterial atinge com maior prevalência homens (35,8% contra 30% das mulheres antes da menopausa), pessoas afrodescendentes (sendo necessário ficarem atentos ao consumo exagerado de sal), pessoas obesas ou com excesso de peso, além de consumidores de bebidas alcoólicas e sedentários.

No entanto, apesar de ter-se uma ideia das pessoas que podem desenvolver a doença esta age silenciosamente, onde na maior parte dos casos não há sintomas e quando têm eles só aparecem com o avanço da hipertensão. Por isso, ela é conhecida por ser uma doença traiçoeira.

Portanto, a única forma de identificar uma alteração é aferindo a pressão arterial periodicamente. “O diagnóstico é feito quando o valor da aferição da pressão arterial for maior ou igual 140 x 90 mmHg em pelo menos dois dias diferentes. A pressão arterial deve ser aferida pelo menos uma vez por ano em pessoas não hipertensas. Já nos hipertensos e pessoas com alto risco para o desenvolvimento da patologia recomenda-se que as medidas sejam mais frequentes”, informou Dr. Ivan Carneiro.

Já segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia “a pressão arterial é medida em milímetros (mm) ou centímetros (cm) de mercúrio (Hg), sendo considerados ótimos os valores de 120 por 80 mmHg ou ‘12 por 8’ cm de Hg. Mas, quando esta pressão está persistentemente maior que 140 por 90 mmHg ou ‘14 por 9’ cm Hg ela é considerada alta e um médico deve ser consultado. Sempre que a pressão estiver maior que 120 por 80 mmHg e menor que  140 por 90 mmHg, vale a pena fazer medidas semestrais ou anuais para acompanhamento”.

O problema é que ao ficar por um tempo prolongado com a pressão nas artérias fora do normal isso pode danificá-las e aumentar as chances de ocorrer ataques cardíacos, derrames cerebrais e insuficiência renal. Além disso, não há cura, somente tratamento com uso de medicamentos e mudança no estilo de vida.

A boa notícia é que, apesar de esta ser uma doença hereditária e com todos os fatores negativos citados anteriormente, muitos dos fatores que levam ao aumento da pressão podem ser evitados. Alguns exemplos são o consumo exagerado de sal e alimentos industrializados, tabagismo, alcoolismo, obesidade, estresse e sedentarismo.

“Fatores socioeconômicos, depressão, ansiedade, privação do sono, genética, uso abusivo de anti-inflamatórios e corticoides além de disfunções endócrinas e renais também podem contribuir para o aumento da pressão arterial”, completou o especialista em cardiologia.

Por isso, é de extrema importância ir ao médico periodicamente e se prevenir. “A hipertensão arterial é uma doença democrática e multifatorial. Acomete pessoas em todas as idades e classes sociais. Portanto, aconselho as pessoas marcarem um check-up anual com seus médicos e adotarem um estilo de vida saudável”, pontuou Dr. Ivan Carneiro.

O médico ainda concluiu “estamos vivendo tempos difíceis em que o isolamento social, excesso de trabalho e uso abusivo de eletrônicos nos tornam mais ansiosos. Para evitar doenças cardiovasculares aconselho os leitores a fazerem exercício físico regular, evitar pensamentos negativos e aumentar o contato com a natureza”.



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