A Eletroneuromiografia é um método de diagnóstico neurofisiológico utilizado para identificar e avaliar a presença de lesões que possam afetar nervos e músculos e, assim, fazer um diagnóstico e prognóstico de doenças dos nervos periféricos, plexos, raízes, neurônio motores espinhais, além de músculos e junções neuromusculares.
O exame consegue fazer testes de neurocondução, ou seja, registra a condução de um impulso elétrico em um nervo, e, assim, pode avaliar a atividade de um músculo em um determinado movimento.
De acordo com o neurologista, Dr. Gustavo Martins Zola Santiago*, o exame é dividido em duas partes, “na primeira, a parte dos choques, é realizado o estudo da condução nervosa, motora e sensitiva. E na segunda, a parte das agulhas, é realizado o estudo elétrico dos músculos inervados por esses nervos. Realizando uma comparação entre todos esses dados obtidos pode se chegar há algum diagnóstico neurológico do sistema nervoso periférico”, pontuou.
A eletroneuromiografia é utilizada principalmente para estudar o funcionamento de nervos e músculos, sendo possível identificar uma polineuropatia provocada por diabetes ou alguma doença inflamatória, atrofia muscular, hérnia de disco, síndrome do túnel do carpo, esclerose lateral amiotrófica, dentre outras. E segundo o Dr. Gustavo Zola, “o paciente deve se submeter a esse exame toda vez que o médico assistente suspeitar de alguma afecção do sistema nervoso periférico ou de doenças neuromusculares. Desta maneira, solicitando o exame para o seu paciente”, afirmou.
Para realizar o exame, o Dr. Gustavo Zola, ainda informou que não há cuidados específicos, somente é importante “checar se não há nenhuma contraindicação como, por exemplo, o uso de marca-passos ou se toma alguma medicação que pode interferir no exame. Também é importante não usar creme sobre a pele para evitar problemas com os adesivos. Além disso, o paciente deverá vestir roupas adequadas, com exposição dos membros, para não causar nenhuma dificuldade técnica no exame”, concluiu.
Para quem possui um pouco medo de realizar, este não possui efeitos permanentes após o mesmo, e podem-se fazer as atividades diárias normalmente. Vale lembrar também que o exame não trás risco à saúde, sendo somente contraindicada para pessoas que usam marca-passo ou que utilizam medicamentos anticoagulantes. Além disso, pessoas portadoras dos vírus da hepatite B ou C, ou HIV, devem informar ao médico que irá realizar o exame, para que o mesmo possa tomar providências de autoproteção.
*Médico formado pela Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte e sócio da Neurológica que trouxe à cidade de Patrocínio o exame de eletroneuromiagrafia.