Você provavelmente já teve um dia estressante que te provocou uma dor de cabeça bem incômoda. A dor de cabeça ou cefaleia é uma queixa bem comum e pode significar diversas coisas, além de possuir características e intensidades distintas. Geralmente, com um simples medicamento ela pode desaparecer, no entanto, em determinados casos pode ser o sinal de algo mais grave.
Segundo o neurocirurgião Dr. Gustavo Zola (CRM-MG: 50.871) sócio-proprietário da Neurológika, há várias classificações para as dores de cabeça. “As mais úteis são classificá-las quanto ao tempo de evolução (aguda ou crônica) e ao motivo (primária ou secundária)”, informa.
Em relação às cefaleias primárias há diversos tipos, porém, as mais comuns são a cefaleia tensional e a enxaqueca. A primeira aparece como um peso ou aperto na testa, na nuca ou na parte de cima da cabeça, e sua intensidade costuma ser leve ou moderada. Em contrapartida, a enxaqueca é uma dor unilateral e latejante, sua intensidade tende a ser de moderada a forte e, além da dor na cabeça, ela pode provocar náuseas, sensibilidade à luz, sons e movimentos, e irritabilidade.
“Cefaleia tensional é uma dor de cunho muscular, está relacionada a estresse e ansiedade. Já a enxaqueca é uma cefaleia vascular, onde processos bioquímicos desencadeados por algum gatilho levam à vasodilatação no cérebro e couro cabeludo”, pontua o neurocirurgião.
Agora, as cefaleias secundárias estão relacionadas a outras doenças, sendo um dos sintomas dessas. Alguns exemplos de doenças listadas pelo Dr. Gustavo Zola são as infecções bacterianas e virais como sinusites e meningites, distúrbios nos olhos e nos ouvidos, a hidrocefalia, AVC hemorrágico e tumores.
As dores de cabeça ainda são democráticas podendo afetar todos em determinado momento de sua vida, desde bebês a idosos e tanto homens como mulheres. A boa notícia é que para a maioria dos casos há tratamento e até cura, no entanto, para isso, deve-se ir a um especialista para investigar.
Conforme o Dr. Gustavo Zola disse, “o diagnóstico da cefaleia é clínico, baseado nas informações do paciente que foram colhidas pelo médico e auxiliado por exames”. Através do estudo é possível levantar as causas e as características da dor, ajudando a identificar o melhor tratamento para o enfermo.
“O tratamento varia de acordo com sua classificação. Por exemplo, cefaleias secundárias são tratadas com o tratamento da doença de base. Cefaleias crônicas são tratadas com medicações preventivas e cefaleias agudas com analgésicos específicos”, afirmou.
Além disso, para prevenção e alívio da dor, principalmente em casos de cefaleias primárias, é sugerido realizar mudanças no estilo de vida, evitando determinados alimentos e realizando exercícios físicos e de relaxamento com certa periodicidade, isso ajuda a controlar a tensão e o estresse.
Essas prevenções ainda são ótimas para evitar os pacientes se automedicarem, o que com a periodicidade pode atrapalhar ou não surtir nenhum efeito, como o Dr. Gustavo Zola explicou, “o uso de medicamentos depende da frequência da dor. Esporadicamente não há problema, porém, em caso de alta frequência e/ou persistência a automedicação pode ser ineficaz e até mesmo prejudicial”. Se as crises forem superior a quinze vezes por mês deve-se procurar um médico para fazer o tratamento adequado e não persistir no uso de analgésicos.
Portanto, isso também ajuda a alertar sobre a importância de não ignorar as dores e buscar ajuda de especialistas sempre que estiver desconfiado de alguma, como o neurocirurgião Dr. Gustavo Zola frisou.
“Sempre que houver dúvida quanto à dor de cabeça, deve-se procurar atendimento médico. Ficar atento para mudança de padrão da dor, sintomas novos, refratariedade (resistência) da dor à medicação”, concluiu.
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