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11/08/2023 - 15h35
Pequeno estudo sobre Protocolo e Cerimonial – Parte I

Pequeno estudo sobre Protocolo e Cerimonial – Parte I

 

     Ainda motivada pela JMJ que graças às redes sociais pudemos acompanhar, apresentamos aos leitores um pequeno estudo sobre Protocolo e Cerimonial para que analisem e entendam a sua importância. Inicialmente é preciso conhecer com o que e com quem estamos lidando porque nada do que acontece ali é invenção mas sim tem sentido e leva a um objetivo.

 

    O Estado da Cidade do Vaticano foi criado em 11 de fevereiro de 1929, com os Pactos Lateranenses, nos quais a Itália reconhece à Santa Sé plena propriedade e soberania exclusiva sobre o Vaticano. Roma é, assim, a única cidade do mundo na qual coexistem duas capitais de dois Estados e dois corpos diplomáticos, o acreditado perante o Estado Italiano e o acreditado perante o Estado da Cidade do Vaticano. O Estado da Cidade do Vaticano é membro observador permanente das Nações Unidas e mantém relações diplomáticas com mais de cem países. Formando parte da diocese de Roma (apesar de também deter administração religiosa própria), ali se encontram a sede papal e os órgãos de governo da Igreja. Roma é uma diocese, cuja catedral é a Arquibasílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão, normalmente designada na forma abreviada de Basílica de São João de Latrão, portanto, sé episcopal oficial do Bispo de Roma, o Papa. Com cerca de 42km2 e uma população permanente de sensivelmente mil habitantes, o Estado da Cidade do Vaticano é soberano, dispõe de selos de correios, de moeda (Euro) e de bandeira própria. Ele existe ao serviço da Santa Sé que é a mais alta hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, encabeçada pelo Papa. Ambas as realidades estão profundamente ligadas, mas nem sempre são de fácil distinção.

 

O Protocolo a aplicar é, por isso, diverso consoante o âmbito: o Protocolo da Santa Sé refere-se aos atos do Santo Padre e da Cúria Romana quando do exercício do respetivo ministério, ou seja, Protocolo Litúrgico. O Protocolo do Estado da Cidade do Vaticano consiste no Protocolo Oficial de um Estado, cuja existência implica poder político sobre cidadãos e território (que se localiza entre as Muralhas Leoninas, a Basílica e a Praça de S. Pedro, abarcando a colunata de Bernini, bem como outras basílicas e outros edifícios extraterritoriais em Roma e Castel Gandolfo).

 

O Brasão de Armas do Vaticano é um emblema importantíssimo que representa o Estado da Cidade do Vaticano e a autoridade da Santa Sé. O escudo reparte-se em duas partes, a esquerda representando a autoridade espiritual da Igreja, e a direita a autoridade temporal do Estado do Vaticano. No centro do Brasão estão duas chaves cruzadas, uma em ouro e uma em prata, simbolizando a de ouro o poder dado por Cristo a São Pedro e a de prata o poder temporal. A tiara papal, uma coroa tripla, simboliza a autoridade e o poder papal, com a respetiva jurisdição no céu, na terra, no purgatório. À esquerda do escudo, uma insígnia que consiste numa faixa de tecido amarela e branca, com nós em ambos os lados, conhecida como o pálio, representando a união dos Bispos sob a autoridade do Santo Padre.

 

A Bandeira do Estado da Cidade do Vaticano é composta por dois campos divididos verticalmente, um amarelo (ouro) aderente à haste e o outro branco (prata), este último tendo em si a tiara com as chaves.

 

A chancela do Estado possui ao centro a tiara com as chaves e em redor as palavras “Stato della Città del Vaticano”.

 

Os Papas detêm, desde há muitos séculos, os seus próprios escudos pessoais. O Papa Francisco conserva o seu brasão anterior que data da sua consagração episcopal. O brasão azul está encimado pela mitra colocada entre as chaves cruzadas em ouro e prata, ligadas por um cordão vermelho, sobressaindo no alto o emblema da Companhia de Jesus (ordem de proveniência do Papa Francisco). Na parte inferior, a estrela (que simboliza a Virgem Maria) e a flor de nardo (que remete para São José). O Papa Francisco é assumidamente um devoto de Nossa Senhora, como sabido.

 

OBS: Ao final do estudo indicaremos as fontes pesquisadas.



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