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Colunas
03/05/2024 - 11h02
Prazer, sou Patrícia. Vamos falar sobre PRAZER?
Confira a coluna do Patrícia Fonseca na última edição da Gazeta: 4.239

Vivemos tempos de polarização e de muitos gurus aproveitando a fragilidade alheia para fazer fama e fortuna. Parece que é quase um pecado ter equilíbrio e não sermos iguais. Somos seres únicos, o que é constatado pelas digitais, que são nossas marcas registradas da individualidade. Ter pensamentos próprios ou sair dos padrões preestabelecidos por nossa sociedade tem sido desafiante para a humanidade. E fazer isso, dá muito trabalho. E em tempos de liquidez, trabalho é algo que poucos têm buscado. Existe fast-food pra tudo, inclusive, para o amor.

Eu sou Patrícia Fonseca e estarei com você a cada 15 dias, falando sobre uma arte que dá muito trabalho: a arte do amor em suas várias vertentes. Vamos falar sobre sexualidade, relacionamentos, casos de sucesso, receitinhas quase prontas, paixão e prazer. Prometo trazer textos leves e instrutivos. Vamos aprender juntos que amor é uma arte. E como toda arte, precisa de estudo e muita dedicação. No amor, não existe jogo ganho. Existe conquista diária, encantamento e muita vontade de fazer dar certo. Aqui, falaremos para adultos que são adultos. Adultos com comportamentos de criança ou adolescente ficarão um pouco incomodados, mas podem ficar, são bem-vindos. Tenho certeza que aprenderão muito também.

Ao contrário de muitos lares, onde falar sobre o sexo é um grande tabu, aqui, seremos desprovidos de tabus e preconceitos. Vamos conversar abertamente sobre nossos sentimentos, anseios e desejos. E já quero deixar o primeiro ensinamento da nossa Coluna. Você sabia que o desejo é dividido em dois tipos? Sim, pura verdade. E saber isso já vai aliviar um pouco o seu relacionamento. Existem os desejos: espontâneo e o responsivo.

O desejo espontâneo é aquele que sentimos na adolescência, fase que todos os hormônios estão aflorados. Sensibilidade à flor da pele. Acontece também no início dos relacionamentos. Sabe quanto encosta e arrepia? Lembra da pessoa e sente frio na barriga? Esse é o desejo espontâneo. Vem

de graça e não precisa ser provocado. Está ali, pronto pra qualquer hora e lugar.

O desejo responsivo é o que precisa ser provocado, ativado e atiçado. E é este desejo que faz com que as pessoas tenham a chamada atitude sexual, que nada mais é do que provocar o outro com atitudes bem diretas. E é justamente aí, que a maioria dos casais se perde. Vivemos na inocência ou no romantismo de achar que uma vez que já sentiu o desejo espontâneo, ele tem que ser pra sempre, que nunca vai acabar. E que se provocar será forçado.

O tempo traz a rotina, que por sua vez, faz o desejo diminuir drasticamente. Estou falando do desejo espontâneo, aquele que sentimos lá no início do namoro. E agora, resta a saudade do tempo “quente” recheado com uma rotina que cega o casal. Quer saber como muda isso? Tenho a primeira “receitinha quase pronta” pra você colocar seu toque final, aquele tempero especial que cada casal tem.

A receita é clara. Mulheres e homens: saiam da zona de conforto de suas relações estáveis. Já disse, não existe jogo ganho. Então, bora aprender a arte do desejo responsivo. Provoque e tenha atitudes. Por isso que o amor é uma arte que precisa ser aprimorada dia após dia. Deixarei três dicas infalíveis.

1 - Tenha o dia do casal. Aquele dia que é para o casal dedicar tempo e atenção um ao outro. Se prepare para esse dia. Como lá no início do namoro que até comprava roupa nova. Faça isso sempre. Ahhh, neste dia, fique longe do celular. É preciso conversar um com o outro. Seja qual for o assunto. Este é o caminho para gerar novas conexões.

2 - Quarto de casal, energia de casal. Tire do quarto tudo que não remete ao casal, inclusive filhos. O quarto precisa ser um convite para o casal se conectar. Tire tudo que chame a atenção um do outro. E deixe somente o que faz o casal se aproximar. Se a TV une, deixe-a. Se afasta, tire-a. Entendeu?

3 - Quebre a bola de cristal. Converse sobre desejos e fantasias. Sei que tem gente que até treme só em pensar que precisar falar sobre seus desejos e fantasias. Mas dentro de um relacionamento não dá pra ficar esperando o outro adivinhar o que sentimos, gostamos ou desejamos. É preciso falar. Sabemos que é muito mais fácil fazer sexo do que falar sobre sexo. Mas a cumplicidade maior está na fala. Só assim, um conhecerá verdadeiramente o outro. Então, achismos não funcionam.

E assim, terminamos a nossa primeira conversa. Leve esse texto para seu relacionamento. Que tal vocês dois lerem juntos? Será um excelente exercício de atitude sexual. Se você gostou da nossa conversa, quero te pedir um favor. Me siga no Instagram @patriciafonsecasexologa e me mande seu depoimento. Acredite, vou ficar muito feliz em receber um recadinho seu.

Abraços e até a próxima.

Patrícia Fonseca

Jornalista, sexóloga, mentora de mulheres, apresentadora do Programa Intimidade (Rádio Módulo) e agora, colunista do Jornal Gazeta



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