Por Cássio Amaral*
Crise econômica. Desigualdade social. Desemprego. Infelizmente, é nesse contexto em que, atualmente, vive o brasileiro. A dificuldade para ingressar no mercado de trabalho é uma problemática real, ocasionada por diferentes motivos – desde os desafios enfrentados pela situação econômica do país até os problemas enraizados na nossa sociedade, como o preconceito racial e de gênero, e má qualidade de educação.
Em primeiro lugar, é importante analisar o cenário econômico em que o Brasil se encontra. Qualquer indivíduo com a mínima noção do assunto é capaz de perceber os sinais de deterioração da economia brasileira e, também, entender como isso interfere na oferta de empregos. A partir do momento que o país se encontra em uma crise, acontecem as demissões em massa e os empregadores param de oferecer vagas. Dessa forma, aqueles que estão sem trabalho, principalmente os recém-formados, acabam recorrendo a subempregos.
Fica claro, portanto, que a situação vivida pelos brasileiros não evidencia uma solução prática e de curto prazo. Cabe ao governo a responsabilidade de tomar as medidas necessárias para amenizar os reflexos da crise, nesse cenário, trabalhando não só na oferta de cargos públicos, mas também em parceria com empresas privadas, dando vantagens e estimulando a abertura de novas vagas. Cabe à sociedade dar as mesmas oportunidades a todos os indivíduos e educar para que esse erro não se repita no futuro. Com o próprio poder público, os subsídios poderiam, também, estimular uma contratação mais diversificada. Por fim, cabe às instituições de ensino investir, de fato, em uma boa formação, melhorando a mão de obra e inserindo indivíduos qualificados no mercado de trabalho.
A formação dos recursos humanos tornou-se diversificada, com ênfase na solução rápida de problemas e no trabalho em equipe. Também a tecnologia da informação influi muito na contratação de um profissional. A capacidade do profissional de adaptação a novas funções também será considerada por ocasião da entrevista.
Além disso, o conceito de estabilidade no emprego e do salário garantido será cada vez mais raro. Será exigida a competência do profissional, sua capacidade de liderança, se for o caso de trabalho em equipe e bons conhecimentos das novas tecnologias de sua área de trabalho. Em resumo: o futuro profissional deverá estar bem preparado para enfrentar a concorrência de seus colegas de serviço.
Em um ambiente tão competitivo como estamos vivenciando, um dos principais desafios dos jovens está em conseguir o primeiro emprego. A maioria das empresas prefere admitir profissionais já com experiência comprovada, e isso nem sempre é possível vindo de um jovem profissional.
Mas nem tudo está perdido, pois devido a competitividade de mercado as empresas estão sendo obrigadas cada vez mais a investir em capacitação de mão de obra, e os jovens saem na frente junto a esse cenário. Claro que não podemos ficar parados esperando alguém investir em nosso capital intelectual, mas podemos sim nos dedicar a trabalhos de estágios e Trainees, onde mesmo sem o reconhecimento inicial financeiro (baixa remuneração), estaremos fortalecendo nosso aprendizado na pratica e ficando muito mais evidentes quando a empresa por necessidade própria precisar investir no treinamento de alguns de seus profissionais.
Precisamos ter em mente que nossa carreira será composta por um passo de cada vez, sendo assim, precisamos nos dedicar a cargos mais operacionais no início de nossa carreira para adquirirmos maturidade e conhecimento prático, para depois nos direcionarmos a cargos mais estratégicos. A prática do dia a dia vale muito, e por isso precisamos saber que somente a faculdade e o curso técnico não nos trarão diferenciais competitivos de mercado. Mas com o conhecimento teórico adequado e a pratica conquistada através de pequenos cargos e atividades, nos fortalecerão, e nos tornarão profissionais concorridos no mercado.
Depois de uma década, o desemprego volta a atormentar a vida dos trabalhadores. Sem crescimento econômico, não há geração de emprego. O Brasil, a sétima maior economia do mundo, enfrenta dificuldades para sustentar o crescimento por meio do aumento dos investimentos, do incremento geral da produtividade e da agregação de valor na produção de bens e serviços.
Programa de incentivos fiscais e outros, que tem como objetivo contribuir para a expansão, modernização e diversificação dos setores produtivos dos Estados e Municípios, estimulando a realização de investimentos, a renovação tecnológica das estruturas produtivas e o aumento da competitividade Estadual e Municipal com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais. Isso fará com que os setores, possam desenvolver suas habilidades de mercado e assim contribuir para que o cenário atual possa ser diferente nos próximos períodos com projeção de crescimento e desenvolvimento local, regional, estadual e a federal.
A meta é estimular a economia e a geração de emprego e renda, de forma que possamos perceber o crescimento, a médio e longo prazo, solidificando as políticas de emprego e renda.
*Cássio Amaral é Professor/Coordenador Fomento de Emprego e Renda Município de Patrocínio.
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