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Colunas
03/09/2024 - 09h37
VENDO O MEU VOTO
Confira a coluna do Milton Magalhães na última edição da Gazeta: 4.257


Garanto-lhes que poucas pessoas por estas plagas anda mais desanimada do que eu nestas eleições. Confesso que faltou isto que ó, para anunciar voto em branco ou anular o meu voto... Refleti muito. Passou um filme pela minha cabeça. Logo eu que sempre fui tão otimista. Ufanista, até. Basta relembrar que o título de minha coluna no JP era “Pra Frente e Pra Cima”. O fato “deles” terem “abortado” do páreo, Silas Brasileiro, me pegou de jeito. Pensei “poxa, estamos no mato sem cachorro. Não existe mais articuladores políticos nesta terra de João Alves, Amir Amaral, Dr Abdias e Enéias? Só cabo eleitoral incendiário?)  Botei o tico e teco para trabalhar.  Pus a cabeça no travesseiro.  Pensei, pensei...Decidi. Não anularei, nem votarei em branco: Venderei- e caro- o meu voto. (Calma, calma, leia o contexto, antes de pensar em me processar)  

 Peguei minha lupa e fui a campo...

Mudei meu discurso. A conversa que se segue é dirigida aos Bons Candidatos a Vereador e aos Eleitores (com cansaço cívico igual a mim). 

  Em meio a tanta gente oportunista, useira e vezeira, sem noção, figurinha carimbada, piolho de urna; mais do que nossa admiração, nossa palavra de encorajamento   e respeito, às pessoas que entraram neste pleito eleitoral; emprestando o seu nome limpo, sua honra, sua inteligência, seu talento, seu tempo e sua força de trabalho; para contribuir, acrescentar, servir e unir. Fazer aquela força tarefa para continuar mudando a cara desta real(c)idade. Destaco in passant, slogans de duas coligações que falam muito. São incontestáveis: “Patrocínio não pode parar e “É daqui para melhor” Ou “É daqui pra melhor” e “Patrocínio não pode parar”    

 Fiquei pensando em você cidadão capacitado e bem intencionado que entrou nesta disputa. Estou com medo de você também pensar e desistir. De repente, você, no dizer de Rui Barbosa, “fica com vergonha de ser honesto”, joga a toalha.   

É sobejamente sabido que a população, de modo geral, está descrente, cética. Com o pé atrás, com a classe política.  E assim, “P” da vida, com a caterva dos “mensalões” petrolões”, dos conchavos, dos coluios, e as pizzas de tantas CPIs”. Corruptos confessos e de estimação, que são soltos ou nem vão presos. 

 Não queira mal, o povo em seu senso comum, generaliza tudo e escalavra o mutambo em todos, sem dó, nem piedade. Triste realidade. Pelas quebradas a fora, todo político é ladrão, farinha do mesmo saco, corrupto, bandido, salafrário, falsário, mentiroso, vagabundo, sem-vergonha, vendido, desonesto, pilantra, mal-caráter...e ‘outros elogios ‘. Você candidato, tem que acreditar muito em seu potencial e estar com seu emocional e psicológico em dia. 

A saída é abandonar o barco?  Não se candidatar? Não votar? Ninguém merece confiança? Política não é lugar de gente íntegra? Éh! Claro que, éh!  

Tem candidato a vereador excelente em todos os sentidos, mas sabe que não vai ser eleito.  Pois, como se não bastasse, todo partido tem lá a sua panelinha. Seus “beneficiados”. Mas, não desista! Seus votos são honrados. São amigos que a vida lhe deu. E considere: Eles poderiam ajudar a eleger um pilantra por aí...

Quanto aos votos branco e nulo. Simplesmente, uma decisão totalmente desaconselhada para os dias atuais. Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da organização “Transparência Brasil,” entidade que reúne organizações não-governamentais de combate à corrupção, disse:  “O voto de protesto chegou a fazer sentido na ditadura.” 

Convenhamos, hoje, não. Quem se lembra.  Em 1988, tempos jurássicos do voto em cédula, depois do fracasso do Plano Cruzado. O país indo de uma pançada a outra.  O brasileiro acostumado a brincar. Inclusive com coisa séria, fez o seguinte: Lançou o macaco Tião, habitante do zoológico do Rio de Janeiro, à candidatura de a prefeito. Terminou em 3º lugar, com 400 mil votos (9,5% do total). 

Pediria o eleitor o seguinte: Não vote em branco ou nulo. Faça como eu, venda caro o seu voto.    

O voto é livre. É patrimônio exclusivo seu. Vote em quem você quiser. Apenas considere as consequências. Viu quanta gente despreparadaça no páreo? Notou certos candidatos em pêlo de tudo? Confundem vereador com despachante ou assistente social.  E outros, pseudo-candidatos distribuindo planilhas com ações de competência de prefeito?!  É hilariante. Não tinha que ter um curso preparatório para essa gente?  Alguém tinha que lhes ensinar que o papel do vereador é elaborar, apreciar, alterar ou revogar leis municipais; seu lugar é no lugar do eleitor, fiscalizando as políticas, ações, obras e gastos do Poder Executivo Municipal, denunciando inclusive, ilegalidade.  Um candidato sério e de bons princípios, neste cenário de desinformação, jamais seria campeão de votos..., mas é dele que tanto precisamos. 

Mas, você, candidato íntegro, a quem, hipoteticamente, me dirijo, abriu mão do seu convívio familiar, deixou sua zona de conforto e entrou no campo minado da vida pública. Agora sente na pele o coração frio empedernido do eleitor.  Deve ser barra sair às ruas. Bater na porta do eleitor entediado. Sei que vem ouvindo de tudo um pouco.  Garanto que uma meia dúzia de uns cinquenta eleitores que já lhe propuseram   descaradamente a venda de seu voto. (Ôps!  E espia eu dizendo que vendo o meu) Há os que trocam seu voto por uma merreca de cesta básica de 100 reais. E o que dizer dos que negociam ‘apoio político’ nos bastidores do poder em troca de muita bufunfa, ou de cargos no alto clero do futuro governo.

 É. Mas, por mais contraditório que possa ser, repito: Eu vendo e vendo caro o meu voto.

É muito lixo! Contudo, você, candidato de boa índole, por favor, não se desanime, firme o taco, não se deixe corromper. Se for o caso, perca até esta eleição, em nome da coerência, da lisura, da legalidade, porém, de cabeça erguida. Saiba:  Bons candidatos não perdem eleições; eleições é que perdem bons candidatos.  

Como mudar este Status quo, dominante? Conhece a ilustração do beija-flor apagando o incêndio?  Isso. Faça a sua parte candidato e eleitor vida e ficha limpa. Coloque sua roupa mais bonita. Aquela “que até o mês passado, lá no campo ainda era flor” e peça votos de cabeça erguida. Consciência tranquila. Passe confiança na fala. Olhe nos olhos do cidadão. Ponha energia na voz, confie em sua estrutura, em sua performance, em sua vocação. Saia das Redes Sociais, saia às ruas. Vá à luta. Faça com que as pessoas, (com toda humildade) sintam honradas em votar em você. Mostre para todos que você tem capacidade para recompensar em trabalho com resultado, voto por voto. E se insistirem que você é também um ladrão, ora, não vá engolir desaforo de batráquio, diga-lhe se está disposto a provar e sustentar tudo na justiça. Candidato ou eleitor: FIRMA O TACO GENTE DO BEM!

Talvez você, na sua peregrinação pelo voto, me encontre em alguma esquina, se prepare, pois, posso lhe vender o meu voto. É negócio de ocasião.  É pegar ou largar. Quitação em quatro anos.  Nota em cima de nota.  E não me venha com dinheiro em espécie, nem tijolos, nem cimento, nem consulta, nem churrascada.  Lembrando que ESTA COMRA E VENDA DE VOTOS, AÍ, É CRIME ELEITORAL.  Conforme estabelecido pelo artigo 299 do Código Eleitoral (Lei 4.737 de 15 de julho de 1.965). 

Nesse mercado negro, quem vende o seu voto, vende a sua dignidade, você não tem direito de cobrar nada, nada depois. Gera impugnação de candidatura. Perda de mandato e cadeia nessa gente desgraçadamente cambalacheira!

 É de extrema importância entender que a venda de voto a que me refiro é o mais elevado exercício de cidadania. Tem visão comunitária.  Com o meu voto, o candidato em que eu votar, PASSA A DEVER- NÃO SOMENTE A MIM- MAS AO POVO PATROCINENSE:  EDUCAÇÃO, EMPREGO, SAÚDE, SEGURANÇA, CULTURA, DESENVOLVIMENTO, EMPREGO; LAZER SAUDÁVEL AOS JOVENS, E AOS IDOSOS. AINDA, TURISMO, MORADIA, ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO, TRANSPORTE, COLETA DE LIXO, DIREITOS HUMANOS, ASSISTÊNCIA SOCIAL, MEIO AMBIENTE, SANEAMENTO BÁSICO, PLANO DIRETOR E CIDADE PACÍFICA. Um pouco caro, mas, não vou deixar por menos... Quem se habilita?



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