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Colunas
05/02/2025 - 10h11
(Cultura) - Perfil - Quando a Liderança é Humana o Solo Fértil Floresce
Confira a coluna do Emerson Miranda na última edição da Gazeta: 4.277

A liderança, em sua essência, não é uma questão de autoridade, mas de propósito. Ela não se sustenta na força de um cargo, mas na habilidade de inspirar, conectar e transformar. Durante muitos anos trabalhando como agente cultural, presenciei discursos, promessas e intenções que, embora bem articuladas, frequentemente careciam de algo essencial: um coração pulsante, um olhar genuíno que dissesse mais do que as palavras poderiam. Recentemente, porém, ao me sentar para conversar com Ana Valéria, Secretária de Cultura, percebi que algo diferente começava a surgir em Patrocínio. 


Ana Valéria Rezende Cunha é uma dessas figuras raras que carregam consigo um equilíbrio que muitos buscam e poucos alcançam. Em nossa conversa, discutimos projetos de música e possibilidades de transformação por meio das artes, mas o que realmente me impressionou não foi o que ela disse — e sim como ela disse. Suas palavras não soavam como o discurso de quem precisa cumprir protocolos ou agradar o interlocutor. Elas carregavam o peso leve da verdade, daquele tipo de verdade que nasce de quem acredita profundamente no que faz. 

Um dos momentos que mais me tocou foi quando ela ressaltou que os projetos só poderiam ser realizados com parcerias e o envolvimento de todos. Não como uma formalidade ou um apelo genérico, mas como uma crença genuína. Essa humildade em reconhecer o papel do coletivo é uma característica rara em líderes, mas essencial para aqueles que buscam não apenas gerir, mas transformar. 

E não foi apenas a figura pública que se revelou naquela conversa. A pessoa humana emergiu em cada gesto, em cada pausa para ouvir, em cada vez que fez questão de incluir o outro na construção das ideias. É fácil admirar um líder por sua competência, mas é transformador enxergar a pessoa que confia, delega e acredita no potencial de sua equipe. Isso, mais do que qualquer discurso, é o que inspira. 

Essa visão de liderança cria algo poderoso: liberdade com suporte. Liberdade para que os artistas e agentes culturais possam explorar seu potencial criativo, acompanhada do suporte necessário para que seus projetos se concretizem. É uma liderança que não centraliza, mas distribui responsabilidades e sonhos. Que não domina, mas coordena. Que entende que cobrar resultados de excelência só é possível quando se confia e se investe nas pessoas. 

Pela primeira vez em muitos anos, senti-me integrado novamente ao propósito maior de transformar a cidade por meio da arte. Vi o mesmo brilho no olhar de outros artistas e agentes culturais, pessoas que há muito tempo esperavam por uma oportunidade de trabalhar de forma ética, unindo esforços com o mesmo objetivo: fazer das artes um instrumento de transformação. Como disse o filósofo Friedrich Nietzsche, "temos a arte para não morrer da verdade". Em Patrocínio, parece que estamos finalmente vivendo uma verdade onde a arte não é apenas sobrevivência, mas um caminho de crescimento e florescimento. 

O impacto dessas mudanças já se faz notar. Não são apenas os projetos, mas o próprio ânimo da população que começa a refletir esse novo tempo. É como se uma engrenagem que estava há muito emperrada começasse a girar novamente, movida pelo entusiasmo coletivo e pelo compromisso de lideranças humanas, como Ana Valéria, que entendem que o verdadeiro poder não está em comandar, mas em servir. 

E aqui está o chamado para todos nós, artistas, empresários, educadores, agentes culturais e cidadãos: este é o momento de florescer e crescer. Patrocínio está mudando pelas mãos de todos nós, sob a liderança de pessoas que compreendem que o bem comum não é um privilégio, mas uma responsabilidade compartilhada. A arte, com sua capacidade única de tocar almas e unir diferenças, tem agora o palco que merece. 

Não podemos deixar essa oportunidade escapar. Que cada um traga sua voz, suas ideias, suas mãos para somar a esse movimento. Como escreveu Fernando Pessoa, "tudo vale a pena, se a alma não é pequena." E as almas que agora se levantam em Patrocínio não são pequenas. Elas são grandes, plenas de força e criatividade, prontas para transformar a cidade em um palco de realizações. 

Patrocínio começa a se erguer como um mosaico onde cada peça importa, onde cada contribuição é essencial. Com lideranças que ouvem, delegam e inspiram, e com um povo que acredita e participa, estamos finalmente construindo o futuro que merecemos — juntos. 




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